terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Torossauro



Nome científico: Torosaurus latus, T. gladius e T. utahensis (Lagarto perfurado, por causa das grandes aberturas no osso do escudo.).
Tamanho: 7.6 metros de comprimento aproximadamente e cerca 2,5 metros de altura.
Alimentação: herbívora.
Peso: 4 a 6 toneladas.
Viveu: América do Norte.
Período: final do cretáceo entre 71 e 65 milhões de anos.

Inicialmente os crânios foram denomidados Torosaurus latus e Torosaurus gladius, espécies que agora são consideradas uma só, levando o nome da primeita, T. latus. A terceira espécie, Torosaurus Utahensis foi descrita e nomeada originalmente como Arrhinoceratops Utahensis em 1946 por Gilmore, porém foi revisada e renomeada por Sullivan em 2005 e recebeu o nome em questão, T. utahensis.

Torossauro é um dinossauro da família dos Ceratopsianos, dinossauros com bico de papagaio, escudo ósseo no pescoço e chifres. Pertence à subfamília dos chasmosaurinae, dinos de escudo maior e com aberturas maiores. Seu crânio é um dos maiores conhecidos, maior até que o do seu parente mais próximo, o Tricerátops, medindo em torno de 2,6 metros de comprimento com chifres de até 1 metro.
Existem teorias diversas sobre as aberturas cranianas dos escudos deste dinossauro e também o porque de o seu parente Tricerátops não possuir nenhum buraco, por mais pequeno que fosse, no escudo que é totalmente maciço.
Jack Horner, famoso paleontólogo americano, afirmou que o Torossauro seria a versão adulta de um tricerátops, pois não existem registros fósseis de jovens torossauros e 50% de todos os tricerátops junevis encontrados têm no escudo marcas correspondentes ao local exato das fenestras dos Torossauros adultos e também não se conhece bem o resto do corpo do torossauro, pois seus fosseis mais bem conservados são crânios e poucos ossos, sufucientes apenas para deduzir que eram muito parecidos com os outros dinos de chifre. A teoria é que todos os tricerátops tinham escudos sólidos, mas quando atingiam a maturidade sexual um dos sexos desenvolvia um escudo diferente para mostrar ao sexo oposto como atrativo, então se o escudo aumentasse ele seria mais pesado, e para compensar o peso surgiam buracos ou fenestras nos escudos dos ceratopsianos. Por mais que esta teoria explique algumas coisas, como a raridade de Torosaurus jovens fossilizados ou o porque da ausência ou presença de fenestras em alguns ceratopsianos, ela ainda não é aceita cientificamente e só é mencionada em leituras informais.
O torossauro como os outros dinos de chifre e escudo ósseo era herbívoro e se alimentava de plantas como samambaias, coníferas e cicadáceas muito abundantes no cretáceo e para isso vivia utilizando seu bico afiado no trabalho de arrancar ou picar folhas e galhos para caberem na boca.
Possivelmente vivesse em bandos de adultos e filhotes, proporcionando maior proteção aos indivíduos pequenos caso houvesse um ataque de um predador, como acontece com outros ceratopsideos. No documentário Walking with Dinosaurs da BBC, o torossauro aparece convivendo em bandos e machos batalham usando chifres para definir o líder do bando e também quem fica com a fêmea. Um dos torossauros acaba tendo o chifre quebrado e foge, mostrando que talvez seu chifre fosse fraco apenas do tamanho.
Neste mesmo episódio um filhote é morto por carnívoros, que não conseguem um ataque bem sucedido durante o dia e resolvem atacar durante a noite, conseguindo abater a presa desejada.
Além da aparição neste documentário o torossauro não tem muito reconhecimento como o tricerátops, na mídia só aparece no jogo Jurassic Park Operation Gênesis e não se encontra muita publicidade dele, não aparece em filmes. Na coleção Descobrindo o mundo dos Dinossauros, editora Salvat, lançada no Brasil por volta de 2001, este dinossauro é mostrado em um dos fascículos e ainda uma miniatura do mesmo acompanha de brinde o fascículo explicativo. Existem muitos bonecos em miniatura deste dinossauro, mas a maioria de marcas vendidas nos Estados Unidos e ainda pouco populares no Brasil, devido ao alto preço.
Uma curiosidade a respeito deste dinossauro é que em 1930 o Doutor Roy L. Moodie examinou o escudo de um crânio encontrado e percebeu a presença de marcas no osso indicando não um ferimento, mas uma doença interna semelhante a um tumor que afetava o osso do animal, igual às marcas encontradas em índios pré-históricos.

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